quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Lembranças guardadas

A caixa aberta e vazia ainda exalava o cheiro
Do papel velho, amassado e já sem cor
Da letra borrada, como um carimbo já desgastado
Cartas, bilhetes, fotos, postais e até pétalas de rosas ressecadas pelo tempo
Jaziam dentro daquela tumba.
Mas as lembranças... Ah! Essas permaneciam ali
Intactas, impenetráveis
Adormecidas, anestesiadas, esquecidas
Hibernadas pelo esquecimento.
Esperando a hora de emergir
Das profundezas de uma caixa vazia
Que guardava apenas memórias
De anos, meses, semanas, dias, minutos e segundos
Que não retornariam mais.

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