segunda-feira, 26 de julho de 2010

As Meninas do Conto vem aí

A Biblioteca Municipal de Cubatão recebe no dia 3 de agosto o espetáculo infantil “Histórias Daqui e de Lá” com As Meninas do Conto. Serão duas sessões: às 9 e às 15 horas. A programação faz parte do Programa Viagem Literária 2010, da Secretaria de Estado da Cultura em parceira com 72 bibliotecas públicas do Estado de São Paulo. Histórias Daqui e de Lá é um encontro entre as histórias, quem conta e quem ouve. O espetáculo reúne diversos contos populares do mundo e é apresentado por duas contadoras, que narram às histórias utilizando objetos, figurinos e adereços trazendo o aspecto lúdico da narração. A peça é entremeada por músicas, brincadeiras e suaves pontuações percussivas. Formada pelas atrizes Simone Grande, Fabiane Camargo, Danielle Barros e Lívia Sales, o grupo As Meninas do Conto há quinze anos pesquisa a arte do contador de histórias. O grupo tem reconhecimento tanto do público como da crítica e já recebeu diversos prêmios por seus trabalhos. Histórias Daqui e de Lá tem direção de Simone Grande, cenário e figurino de Luciana Bueno. Programa Viagem Literária - Lançado em 2008, o Viagem Literária leva consagrados escritores brasileiros a bibliotecas do Estado. O Programa mantém o objetivo de democratizar o acesso à cultura ao promover o contato entre escritores e as populações das cidades contempladas. Cubatão participa das programações desde a primeira edição. O Viagem Literária consiste em módulos temáticos que fazem com que o público amplie o conhecimento sobre o autor e sua obra, incluem bate-papos com autores, contação de histórias e criação literária. Nas duas edições do programa, Cubatão recebeu os seguintes escritores: Kátia Kanton, Marcelo Carneiro da Cunha, Matthew Shirts, Noemi Jaffe, Adélia Prado, João Acaiabe, Luiz Ruffato e Fabrício Carpinejar. Este ano, a biblioteca recebeu a escritora Alice Ruiz, no módulo bate-papo com o escritor. A Biblioteca Municipal fica na Avenida Nove de Abril, 1.977 – Centro. O telefone para contato é (13) 3361-6844.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Tragédias ambientais

O aparecimento de 567 animais marinhos nas praias do Litoral Paulista, nos últimos dias revela um problema que está acontecendo nos oceanos e que precisa ser estudado. Segundo especialistas a causa pode estar ligada a falta de alimento em alto mar, mudança climática, acidentes e ferimentos ocasionados por embarcações, entre outros. Em matéria publicada pelo jornal Gazeta do Litoral, do dia 22 e 23 de julho, a veterinária do Centro de Triagem de Animais Selvagens (Cetas/Unimonte), Cláudia Carvalho do Nascimento acredita que o mar agitado dos últimos dias revela um problema grave. Segundo ela houve em outras ocasiões o aparecimento de grande quantidade de pingüins, mas estavam vivos. O que impressiona é o número de animais mortos que estão aparecendo.

Largo do Sapo é tombado como patrimônio histórico de Cubatão

O espaço onde teve início o povoamento de Cubatão está oficialmente tombado. O decreto de número 9.566 de 12 julho de 2010, assinado pela prefeita Marcia Rosa e publicado nesta terça-feira, dia 20, tornou o núcleo histórico denominado Largo do Sapo patrimônio histórico de Cubatão. O Tombamento compreende a Praça Coronel Joaquim Montenegro, assim como o conjunto de casarios, situado no mesmo endereço sob os números 70, 76, 80, 84, 88, a edificação situada na Praça Coronel Joaquim Montenegro, 34, cujo uso atual é permitido ao “Teatro do Kaos”, bem como a edificação situada na Avenida Nove de Abril,1.205, cujo prédio pertenceu a antiga Associação de Socorros Mútuos e foi sede da primeira Prefeitura do Município como patrimônio histórico municipal. Com o tombamento, toda e qualquer alteração, reforma, restauração ou ampliação da área deverá ser autorizada previamente pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Cubatão (Condepac). De acordo com o presidente do Condepac de Cubatão, Welington Ribeiro Borges, “a preservação histórica do Largo do Sapo reflete a importância que o local representa para a Cidade, para a sociedade cubatense e sua história”. Borges ressalta que a assinatura do Decreto de Tombamento pela prefeita Marcia Rosa demonstra o comprometimento da Administração Municipal no fortalecimento da identidade cultural. “Destacamos que os proprietários dos imóveis não serão prejudicados e não ficarão impedidos de fazer eventuais reformas para sua manutenção”, finaliza. Largo do Sapo – O local, atual Praça Coronel Joaquim Montenegro, recebeu este nome no início do século XX por causa da enorme quantidade de sapos que havia no local. Naquela época, ali morava a elite cubatense. Um exemplo disso foi a presença do presidente Washington Luís, que sempre que vinha a Santos parava na residência do casal Bernardo Pinto e Izolina Couto, para descansar. No Largo do Sapo também já foi instalado o Porto Geral, nos idos do século XVII, local de grande importância devido ao fluxo de pessoas e mercadorias entre Santos e São Paulo. Outros bens tombados – Monumentos do Caminho do Mar; Prédio da Biblioteca Municipal de Cubatão; telas pintadas pelo artista Jean Ange Luciano; Locomotiva a vapor Henschel prefixo 915 e carro de passageiros, e Grupo Rinascita de Música Antiga de Cubatão (tombado como bem imaterial e cultural). Foto: Rodrigo Fernandes

Cubatão comemora " Dia Nacional do Escritor"

“Cubatão foi à única cidade da Baixada Santista a comemorar o Dia Nacional do Escritor”, disse a secretária de Cultura e Turismo, Patrícia Campinas, na abertura da palestra da escritora e poetisa Madô Martins, na Biblioteca Municipal, na noite do dia 21. A escritora veio à Cubatão para falar sobre a arte de escrever e autografar o seu mais novo trabalho “Voo de Borboleta”. Madô falou sobre sua infância e a influência do pai no início de sua vida como escritora. “Em casa sempre fui incentivada a ler. Quando era criança meu pai contava histórias de Monteiro Lobato. Hoje, quando leio alguma coisa do autor a voz do meu pai me vem à memória”, conta emocionada. A poesia, Madô só descobriu na adolescência, lendo Vinícius e Drummond, “estes poetas são minha inspiração”, revela. A escritora falou de sua obra (contos, crônicas, poesias, literatura infantil, ficção científica e o haikai), suas inspirações, a luta pelo reconhecimento do escritor como profissão e a alegria de ter seu trabalho elogiado pelo público que aprecia a sua obra. A inspiração para escrever, segundo ela, vem da água, da leitura de um bom livro, de perfumes e também do cheiro de goiabada. Madô conta que quando criança, sua mãe preparava o seu lanche para ser levado para a escola e colocava sempre quitutes elaborados e saudáveis, mas o que ela gostava mesmo era de pão com goiabada ou com ovo frito. “Quando eu chegava à escola ia logo trocando o meu lanche com o das minhas amigas, por pão com goiabada, é claro!”, risos. A escritora se despediu do encontro distribuindo autógrafos e citando o escritor Pablo Neruda. “Escrever é fácil. Você começa com uma letra maiúscula e termina com um ponto final. No meio você coloca ideias”. Abrilhantando a noite, o Grupo Poetas Vivos apresentou Madô em verso e prosa, mesclando interpretações e números musicais com Jaíra Presa, Regina Alonso, Rosângela Garcia, Romualdo Simões e Rogério Dias. A cantora Sol Martines e o músico Arcas. O grupo fez um passeio pela MPB, interpretando sucessos de Tetê Espíndola, Ana Carolina, Elis Regina, entre outros. Madô é poetisa, contista e também cronista colaboradora de A Tribuna, desde 2000, onde está prestes a completar 500 crônicas divulgadas naquele diário, sempre aos domingos, no caderno Galeria. Sua mais recente obra, Voo de Borboleta reúne 50 crônicas, escritas entre 2000 e 2003, em publicação da Editora Universitária Leopoldianum, da Unisantos. A escritora tem outros sete livros publicados, prêmios literários de todo o Brasil e alguns de Portugal, além de prosa e de poesia impressos em mais de 60 publicações nacionais e portuguesas. Também realiza oficinas de literatura e participa como jurada de concursos literários. Jornalista por formação, da turma de 1971, da Universidade Católica de Santos – Unisantos, Madô trabalhou nos jornais Cidade de Santos, A Tribuna, O Estado de São Paulo, entre outros. O Grupo Poeta Vivos promove o acesso à poesia por meio de performances, mesclando interpretação e números musicais. O Grupo traz no currículo 28 montagens levadas a público em apresentações em Cubatão, Guarujá, Mogi das Cruzes, São Vicente e diversos locais em Santos.