terça-feira, 18 de setembro de 2012

Sem gravidade

Ando com a cabeça na lua
Desguarnecida de oxigênio
Plainando feito pluma ao vento
Que não consegue tocar o chão.

Pareço até que não sou desse planeta
Que vivo em Marte
Com o corpo gravitando
No alto e baixo das crateras do meu pensamento.

Me falta oxigênio
Para retornar da órbita
E fincar os pés na terra
Feito árvore que aconchega suas raízes
No solo adubado e fértil.

Tenho a sensação que não saio do lugar
Se tento correr, os passos ficam lentos
Se tento andar, fico parada, estática
Se fico parada, desatino a subir
Será que o mundo parou e eu não percebi?

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