sexta-feira, 18 de março de 2011

Nego

Nego-me terminantemente
A sair dessa redoma
Dessa bolha transparente
Que veda a minha alma
Do que vem pela frente.
Nego-me terminantemente
A não ter mais segurança
A sentir desesperança
A viver na mendicância
Por um pouco de esperança.
Nego-me terminantemente
A romper com os meus medos
A contar os seus segredos
A falar dos meus desejos
A olhar-me no espelho.
Nego-me.

Um comentário:

  1. Linda poesia, escrita com extremo talento literário, e que fala do medo da alma feminina que de tanto ter se machucado com as coisas e pessoas, se nega a sair da bolha de proteção psíquica e emocional que criou para si mesma. Bravo, lindo versejar. Beijos poéticos.

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