segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Cadê a banana?

Por Ana Borges
O barulho não era desconhecido. Abri a porta, joguei a mochila no sofá, fui correndo para a cozinha. Lá estava ele a triturar aquelas pobres e macias frutas. Ela jogava açucar, leite e aveia e o barulho aumentava, ficava ensurdecedor.
Eu recostada no canto da parede só observando o movimento, esperei a hora de entrar em cena. De repente o barulho cessou, o botão desapertado, a tomada desligada, as hélices silenciaram. Ela já estava pronta, a bebida que saciaria a minha fome.
Mamãe olhou para trás e percebeu a minha presença, pegou o copo, encheu-o e veio em minha direção. Num movimento súbito dei o primeiro gole, olhei para ela desapontada. A vitamina que todos os dias preparava para mim, não tinha a minha fruta preferida, a banana.

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